terça-feira, 26 de outubro de 2010

**Pirâmides Alimentares para Gestantes**

**Exemplos de Pirâmides Alimentares para Gestantes**





**Exemplo de Pirâmides para Atividade Física**




**Exemplo de Pirâmide Vegetariana **



A recomendação é que a gestante adote a pirâmide alimentar como base de uma boa alimentação. Mesmo as gestantes que não querem ou não podem ganhar peso, têm que ingerir alimentos ricos em carboidratos, que fornecem energia para si e para o bebê, desde que em quantidades corretas. Além desses, também é importante o consumo de frutas, legumes e verduras e de proteínas magras. As gorduras vêm em último lugar na pirâmide, mas ainda assim têm importante papel. "Ou seja, todos os alimentos têm o seu valor e precisam ser ingeridos em quantidades certas". 
Jamais adote qualquer procedimento como dieta por conta própria, sendo você mulher gestante ou não, sendo você homem de toda e qualquer idade, sempre procure orientação de um profissional da área, e você estará bem amparado e seguro. Então:

 


"Nutrição para uma Gestação Tranquíla"


**Principais Fatores que afetam esse ciclo de Vida**.

A gestação é um fenômeno fisiológico que acarreta uma série de modificações no organismo materno, com finalidade de garantir o crescimento fetal, proteger o feto e a mãe e ainda possibilitar a nutrição do recém-nascido.
Nessa etapa a mulher está em maior vulnerabilidade nutricional, pois estará mais propensa a intercorrências relacionadas à má alimentação pelo momento de intenso anabolismo, o qual proporciona um grande aumento das necessidades nutricionais.
Para a mulher ter uma gestação saudável vai depender de uma série de fatores como: um ganho de peso adequado, um consumo de alimentos diversificados e abrangendo todos os grupos alimentares, suplementação de micronutrientes principalmente de ácido fólico e ferro e não fazer uso de cigarros e bebidas alcoólicas.
**Prescrições e Proibições na Gestação
Ingestão de Álcool**
O seu consumo está relacionado com o risco aumentado de retardo mental, defeitos congênitos e síndrome alcoólica fetal, cuja criança possui características faciais típicas com, por exemplo, testa estreita, cabeça pequena, nariz curto, voltado para cima e associado ao retardo mental. Alguns estudos mostram que mulheres que ingerem duas doses diárias de álcool, dão à luz bebês com baixo peso.

**Ingestão Excessiva de Cafeína**
A cafeína possui a capacidade de atravessar a placenta e afetar os batimentos cardíacos do feto, demonstrando um aumento do risco de aborto espontâneo quando a gestante consome mais do que 150 mg de cafeína por dia, sendo o limite máximo de ingestão de quatro xícaras pequenas de 50 ml ao dia para assim não ocorrer nenhuma alteração no feto.

**Tabagismo**
O fumo durante a gestação interfere de várias maneiras como redução da pressão de oxigênio no sangue arterial, comprometendo a oxigenação via placentária do feto, diminuição do peso ao nascer cerca de 220 a 250g, aumentando as chances de prematuridade e mortalidade fetal.


**Adoçantes Artificiais**
A única preocupação com os adoçantes é sua quantidade consumida em excesso e indiscriminado principalmente por gestantes diabéticas ou aquelas que querem controlar o peso. Portanto deve-se evitar o excesso. Sendo que para gestantes diabéticas a orientação adequada é realmente necessária. Estudos científicos comprovaram que o uso da sucralose é seguro e o mais indicado.

**Drogas Ilícitas**
Drogas ilícitas proporcionam alteração no crescimento com menor desenvolvimento e retardo do crescimento intra-uterino. Onde vai interferir no transporte de oxigênio nas hemácias, aumentando a frequência cardíaca e pressão arterial, com menor fluxo de sangue. O estado crônico resulta em recém-nascidos com baixo peso, paralisia, batimentos cardíacos anormais, lesão fetal e física, síndrome de abstinência e até óbito fetal.



**Prática de Atividade Física**
A atividade física bem orientada diminui as complicações obstétricas, ajuda a prevenir ganho excessivo de peso, diabete gestacional e hipertensão arterial. Evita problemas como dor lombar e inchaços. Ameniza o estresse e a ansiedade, melhora a auto-estima e a capacidade física. Reduz o risco de parto prematuro e pode contribuir para um trabalho de parto mais rápido e tranquilo. Entretanto, o exercício deve ser prescrito pelo médico, e orientado pelo educador físico.
 


**Recursos de Saúde**
O poder público tem como responsabilidade, garantir assistência à saúde para os cidadãos. Em especial, a mulher na fase gestacional goza de direitos exclusivos em todos os âmbitos sociais. São asseguradas por lei suas vantagens. O Ministério da Saúde lançou a Política de Humanização do Pré-Natal e Nascimento, em que se busca garantir o acesso e a qualidade do acompanhamento pré-natal, com humanização. Todas as Unidades Básicas de Saúde do SUS devem oferecer atendimento adequado com uma assistência médica frequente. Também estão inclusos na política do Governo Federal a realização gratuita de exames laboratoriais e o fornecimento de medicamentos, vacinas e outros tratamentos necessários. O guia SUS do cidadão aconselha as mães a respeito da importância do pré-natal, do acompanhamento, do parto. 

 

**Necessidades Nutricionais**
Em nenhuma outra época da vida da mulher a boa nutrição é tão importante quanto na gestação. Enquanto a necessidade de calorias aumenta relativamente pouco, a necessidade de alguns nutrientes tem um acréscimo considerável. Para atender a essas mudanças e garantir a nutrição adequada para mãe e o bebê, o nutricionista deve elaborar cuidadosamente um programa alimentar que ajude a mulher nessa fase tão especial. Deve incluir proteínas, carboidratos, lipídeos, fibras, vitaminas, minerais e água. Tanto excesso quanto a falta de algum desses nutrientes pode comprometer a saúde de ambos. A dieta deve estar adequada ao estado nutricional, o que requer um profissional habilitado para realizar a avaliação individual e a orientação adequada. O conceito de “comer por dois”, que muitas gestantes têm, está equivocado. O certo é “se nutrir por dois”.


TABELA 1. Porções de Alimentos-Fonte equivalentes Às Recomendações Diarias de nutrientes.

Micronutrientes /
Diaria RECOMENDAÇÃO
Alimentos-Fonte
Porcão de Alimento (quantidade de nutriente)
Cálcio / 1000mg
Folhas verde-escuras, moluscos, ostras, Salmão, laticínios, ovos, cereais, feijão, coentro.

02 copos de leite (445mg), 50g de queijo minas (294mg), pote de iogurte (192mg), couve 42g (49,14 mg), 30g de requeijão (76,92 mg), 50g de pão de queijo (57,1 mg) .
Ferro / 27mg
Ferro heme (Carnes, vísceras, ostras, aves, mariscos, Peixes) e Não-ferro heme (leguminosas, legumes, verduras verde-escuras, ovo) um Associado sucos OU Alimentos in Ricos Vitamina C.
100g de fígado grelhado (5,8 mg), 100g de carne bovina (2,5 mg) de sardinha 100g (3,5 mg), 130g de agrião (3,1 mg), 100g de caruru (4,5 mg), 80g de feijão ( 1,2 mg), 90g de ovo cozido (1,35 mg), 48g de farinha enriquecida (15g).
Vitamina A 770μg /
Fígado de boi, manteiga e queijo, leite integral, abóbora, cenoura, manga couve, agrião e.
10g de manteiga (92,4g), 10g de margarina (53μg), 36g de abóbora cozida (189μg), 25g de cenoura (330μg), 12,5 g de espinafre cozido (146 g), manga espada 60g (126 mg). .
Vitamina C / 85mg
Frutas Cítricas, tomate, cebola, pimentão, melão, abacaxi, kiwi, morango, goiaba, acerola, manga, mamão, caju, salsa, Folhas de mandioca, cheiro verde, couve-flor.
25g de abacaxi (15,25 mg), 42g de couve (32mg), 70g de pimentão amarelo (140,98 mg), 100g de acerola (941,4 mg), 141,5 g de mamão papaia (116,7 mg), 200ml de suco de laranja (146,6 mg), 240g de morango (268,8 mg).
Zinco / 11mg
Carne bovina, Peixes, aves, leite e Derivados, ostras, mariscos, cereais, Nozes Fígado.
90g de carne bovina moída (7,3 mg), 100g de peixe (5,6 mg), 200ml de leite (7,6 mg).
Fonte: Mura e Silva (2007); Júnior e Monteiro (2007), Franco (2007); Taco (2006).
**Reeducação Alimentar**

 
As gestantes precisam estar cientes da grande importância de uma educação alimentar equilibrada desde o inicio da gestação e do aleitamento materno, pois esse conjunto previne muitas doenças que podem ser instaladas na infância como: obesidade infantil, diabetes, colesterol elevado, hipertensão, anemia; as quais poderão gerar consequências para o resto da vida dessa criança.
   


O instrumento muito utilizado na educação alimentar é a pirâmide alimentar, a qual abrange todos os grupos alimentares e as devidas porções de cada grupo de acordo com cada faixa etária. Gestantes que possuem uma alimentação equilibrada e com todos os macronutrientes e micronutrientes necessários para uma boa nutrição, terão menos complicações durante a gravidez e darão à luz bebês saudáveis, pois esses receberão todos os nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento.
Segundo Mura e Silva (2007), a Tabela 1 apresenta sugestão de porções de cada grupo alimentar para facilitar o alcance das necessidades aumentadas da gravidez.

TABELA 2. Guia Alimentar Diário parágrafo gestantes.


Grupo Alimentar
Numero de porções
Cereais
7-8
Vegetais
4-5
Frutas
3-4
Carnes peixe, ovo
2-3
Leite e Derivados
3-4
Fonte: Mura e Silva, 2007.

Porém, para isto acontecer, a gestante precisa de um apoio familiar possibilitando que todas as recomendações a ela prescritas sejam realizadas e possam ser inseridas na dinâmica familiar.

Orientacoes par o Período gestacional
·        Aumentar o fracionamento das refeições (6/dia).
·        Reduzir o volume da cada Refeição.
·        Aumentar o consumo de proteínas.
·        Aumentar o consumo de Alimentos Fontes de Ferro Associados com Vitamina C.
·        Consumir Frutas Frescas e Vegetais.
·        Consumir Alimentos ricos em Cálcio (nas pequenas refeições).
·       Ingerir Fibras Alimentares  (Cereais integrais nas pequenas refeições).
·      Preferir Preparações simples (cozidos, ensopados, assados, grelhados).
·      Evitar frituras, doces  e alimentos gordurosos.
·      Substituir corretamente os alimentos energéticos (batata arroz, macarrão, farinhas).
·      Evitar uso abusivo de óleo e azeite; preferir vinagre, limão, cheiro-verde, ervas ou sal.
·        Aumentar a ingestão de líquidos nos intervalos das refeições.
·        Evitar o uso de café, chá mate, refrigerantes.
·        Nao ingerir álcool, nao fumar e nao usar Drogas.
·        sal iodado usar, mas com cautela.
·        Evitar uso de edulcorantes artificiais.
·        Praticar alguma atividade física, com orientação médica.
·        Praticar aleitamento materno pós-parto.
·        Fazer refeições em ambiente calmo, mastigando bem os alimentos.
·        Evitar deitar após refeições.
·       Esclarecer quanto à necessidade de ganho de peso adequado.
·        Corrigir erros alimentares.
Fonte: Mura e Silva, 2007.
 


**Considerações Finais**

Apesar de muitas gestantes terem condições socioeconômicas favoráveis e hábitos saudáveis de vida, elas podem sofrer alguns riscos. Fazendo um comparativo sobre aquelas gestantes que não possuem condições financeiras, escolaridade, orientações adequadas, que não têm acesso ou não sabem se aderir aos programas de saúde para gestante, ou que, ainda, possuem vícios. Como serão as condições da gestação nesses aspectos? Será que a responsabilidade cabe ao Estado ou a mãe? Essa nem pensa no projeto familiar, não se previne e deixa a vida acontecer literalmente. Independente da classe social ou escolaridade, muitas mães não planejam a chegada do filho. E se deparam com o desafio de gerar a vida sem terem noção do seu valor. Essa é a realidade de muitas adolescentes brasileiras. Segundo o Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 7,3% das jovens de 15 a 17 anos têm, pelo menos, um filho.
É fundamental que esse ciclo de “vidas” seja muito bem programado e orientado por profissionais competentes para garantir a saúde da mãe e do filho.
A nutrição durante a gestação é um dos fatores determinantes das condições de saúde da mãe e do feto, pois visa promover condições adequadas para manutenção da saúde materna, proporcionar reservas para a lactação e garantir um meio ambiente adequado para o desenvolvimento fetal.
  

A educação nutricional deve existir em todos os níveis socioeconômicos e culturais. Toda a família deve se educar, se conscientizar sobre a importância da nutrição. A educação alimentar deve ser uma herança de mãe para o filho, pois assim, a nutrição permanecerá íntegra e atenderá todas as necessidades de cada ciclo de vida, desde o ventre, na infância, na adolescência, fase adulta, até a terceira idade. Atendendo a essas necessidades, todos os ciclos poderão ser vividos plenamente, pois cada um é especial e não se repete.
A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. No plano individual e em escala coletiva, esses atributos estão consignados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada há 50 anos.









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